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29 agosto 2007


A CONCEPÇÃO
Filme Nacional



O filme A Concepção, do brasiliense José Eduardo Belmonte, vem dividindo opiniões desde sua primeira exibição, em novembro de 2005, no Festival de Brasília.

O longa saiu do festival com dois prêmios - melhor montagem (para Paulo Sacramento, diretor de O Prisioneiro da Grade de Ferro) e melhor trilha sonora.

Admirado por sua agilidade técnica, uma câmera muito inquieta e efeitos de animação que têm tudo a ver com a história, A Concepção também chocou por suas muitas cenas de nu frontal (inclusive de atores conhecidos, como Matheus Nachtergaele e Milhem Cortaz), algumas sugerindo sexo grupal e consumo de drogas do início ao fim.

Com certeza, nada é gratuito numa história que pretende formar um retrato de uma juventude rica, fútil e inconsequente nos altos círculos da capital do país. Alex (Juliano Cazarré), Lino (Milhem Cortaz) e Liz (Rosane Holland) são três filhos de diplomatas que dividem um grande apartamento em Brasília. Os pais de todos estão sempre longe, apenas pagando as contas. Ninguém trabalha, estuda ou tem qualquer objetivo. O cotidiano é sexo, drogas e rock'n'roll.

Então aparece X (Matheus Nachtergaele), que se torna uma espécie de guru deste grupo, que não mostra nenhuma vontade de pensar nada por si mesmo. E o guru propõe que se siga daqui para a frente o "concepcionismo". Essa confusa doutrina de vida prega a "morte do ego". Todo mundo queima os próprios documentos e mergulha cada vez mais numa rotina de excessos.

Nota-se aqui uma óbvia inspiração do roteiro (assinado por Luís Carlos Pacca e Breno Álex) em Os Idiotas (1998), de Lars von Trier, que seguia um grupo de jovens, moradores de uma mansão colocada à venda e que passava seus dias tentando romper com todo tipo de convenções sociais.

Pelo menos na intenção, o diretor não quis chocar ninguém. Como ele disse, ao apresentar o filme em Brasília, ele considera seu trabalho "um pequeno passo para retomar a utopia desta cidade e o sonho de um país melhor". A se levar a sério esta intenção, Belmonte acredita que recuperar a utopia começa pela exposição da falência da situação atual.

Um problema é que o filme não define satisfatoriamente os personagens, já que todos eles são unilaterais demais para que se chegue o que parecia ser um retrato de geração.

Mesmo assim, A Concepção tem qualidades - é o segundo filme de Belmonte e o primeiro a chegar ao circuito comercial. Subterrâneos, seu primeiro longa, de 2003, continua inédito.

Fonte: Terra

Veja o trailer do filme:



Como fala Celso Alves, "O longa de Belmonte mistura alguns elementos de “Kids”, “Trainspotting - Sem Limites ” e “Réquiem para um Sonho” acabando por ter um desenrolar muito mais conservador que o próprio conceito do filme propõe. Mais que um “Kids Brasileiro”, A Concepção serve tanto como entretenimento para pessoas com estômago forte, quanto para engrossar a lista de filmes que tentam alertar a sociedade para problemas isolados que podem ser analisados de forma universal.
Apesar de ser um bom filme, o longa peca por perder o ritmo com o tempo não conseguindo manter a mesma originalidade do início. Além disso, o foco muda constantemente de personagem fazendo com que nenhum deles seja explorado em profundidade.
Vale aqui uma nota; “A Concepção” não é um filme para todos. Cenas de sexo e nudez frontal (principalmente masculinas) permeiam toda a fita deixando o espectador desconfortável e, algumas vez, agredido por tamanha explicitude. Segundo uma brincadeira do próprio diretor, “A Concepção” é um filme para maiores de 21 anos acompanhados pelos pais.

Um comentário:

Anônimo disse...

ôpa! o poster deste filme foi copiado do meu cartão de visitas hehehehehe :P

 

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